Crédito e empréstimo pessoal: conheça a regra dos 30%

Tem cartão de crédito desenfreado na sua carteira? Tá pagando o mínimo da fatura ou comprometendo suas despesas essenciais? Quer ter ou já tem um cartão de crédito, mas nunca se planejou para isso? Se enrolou em dívidas e está pensando em fazer um empréstimo? 

Ai, quantas perguntas, né? 

Mas vamos lá, se respondeu SIM para qualquer uma delas, PRECISA conhecer a regra dos 30%! Ela é essencial para transformar o cartão de crédito e até mesmo um empréstimo nos mocinhos e não os vilões da sua vida financeira. 

Se ainda não conhece: PARE AS MÁQUINAS, quer dizer, continue nesse post que vamos explicar. 

Começando por ele…

“Minha fama de mau”: o cartão de crédito

Não dava para não citar Erasmo aqui porque o cartão de crédito é o tremendão, um clássico da MPB (nesse caso, Melhor Planejar Bem).

E não é à toa que o cartão tem fama de mau, em 2023 a taxa de juros rotativos atingiu o maior patamar desde 2017, chegando a 411,5% 😱.

Vale lembrar que juros rotativos são aplicados quando o cliente não faz o pagamento da fatura integral (ou seja, paga o mínimo). 

Antes de passar a tesoura nos cartões, saiba que eles podem ser aliados e basta entender como usá-los de forma consciente. 

Vamos conhecer as vantagens do cartão de crédito nessa lista que vem descendo “a Rua Augusta a 120 por hora” (a gente jura que vai parar com os trocadilhos, não desista!).

Quando o cartão de crédito é o mocinho?

#1 Quando ajuda na organização do orçamento

Nesse caso, existem dois pontos de vantagem para o cartão:

O primeiro é a facilidade em acessar os gastos para entender seus comportamentos de compra, controlar despesas e acompanhar o dia a dia financeiro. 

E o segundo é que é possível utilizá-lo para o pagamento das despesas essenciais da casa, concentrando todas as contas em um lugar só!


#2 Quando ajuda em suas metas 

Alguns cartões oferecem programas de pontos que podem ser trocados por produtos ou passagens aéreas e você pode usá-los a seu favor!

Exemplo rápido: suponhamos que você optou por usar o cartão de crédito para organizar as finanças da casa. Os pontos que terá acumulado não serão originários de compras impulsivas e, sim, das despesas básicas. Além disso, você poderá convertê-los na passagem aérea para a viagem que tá no papel há um certo tempo. 

#3 Quando oferece segurança

Você é do time “prefiro andar com dinheiro”? 


Se sim, recomendamos que avalie o uso do cartão já que, por necessitar de senha para realizar qualquer transação, protege mais seu dinheiro 😉 

Como usar o cartão de crédito da forma correta

#1 Não colecione cartões

Ter mais de um cartão é indicado para quem manda muito bem na organização, já que pode dificultar o gerenciamento das despesas e gerar mais gastos do que o salário pode bancar. 

#2 Fique de olho no vencimento e pague a fatura integral

Evitar atrasos ajuda a manter o score alto e eliminar os juros (que, neste caso, são os vilões mesmo). Ah, evite pagar o mínimo, dessa forma você não cairá no ciclo dos juros rotativos que engrandecem o valor da dívida e dificultam a quitação. 

#3 Controle os gastos

Anote todas as despesas do seu cartão para entender o quanto você pode usar para não estourar o orçamento. Algumas instituições oferecem download dessas despesas 😉 

#4 Cuidado com as parcelas

Parcelar pode ser uma opção para algumas compras, mas tenha em vista que seu orçamento será comprometido com elas. Não vale passar o cartão e esquecer!

Antes de chegarmos à regra dos 30%, vamos dar uma pausa no cartão e falar um pouco mais sobre o empréstimo pessoal!

“Você quer brincar na neve?”: os empréstimos

Será que se a Elsa tivesse aceitado o convite da Anna para brincar na neve, em “Frozen”, elas teriam feito uma bola de neve gigantesca? Bem, não saberemos a resposta dessa pergunta, mas o que sabemos é que os empréstimos PODEM causar esse efeito. 

Assim como no cartão de crédito, eles vêm acompanhados de juros altos. Para ter uma ideia, em uma pesquisa realizada pelo Procon, a taxa média de juros do empréstimo pessoal ficou em 7,66% no ano de 2023.

Essa taxa é combinada no momento da contratação do empréstimo. Em resumo, funciona assim: o banco concede o valor requerido ao solicitante, mas, além do total parcelado, também cobrará juros mensais sob esse valor. 

Alguns empréstimos, por exemplo, os consignados, oferecem riscos maiores para quem não pagar as parcelas em dia (cobrança de juros extras, a negativação do nome e até a penhora de bens). Então, sem “let it go” nas parcelas, tem que pagar em dia!

Mas dá pra usar os empréstimos de forma planejada, sem criar uma bola de neve de dívidas. Vamos falar sobre isso?

Como tornar o empréstimo um mocinho?

Em primeiro lugar, devemos nos lembrar do principal motivo que leva as pessoas a tomarem um empréstimo: as dívidas. 

Quando elas estão descentralizadas, ou seja, existe mais de uma dívida e de diferentes credores, o empréstimo pode ser uma ferramenta estratégica para consolidação. 

Nesse caso, o que o empréstimo oferece como vantagem é a possibilidade de compilar todas as dívidas em uma, permitindo melhor controle orçamentário e evitando outros riscos. 

Vamos de exemplo! 

Imagine que no inventário das dívidas existam, por exemplo, aluguéis atrasados ou parcelas do financiamento de um automóvel. 

Esses tipos de despesas são atrelados a uma garantia. No caso do aluguel, o seguro fiança ou o imóvel do fiador, já no caso do financiamento, o próprio carro. Não pagar essas despesas pode acionar a garantia e gerar perdas expressivas. 

Nesse caso, o empréstimo poderá ajudar a solucionar a questão com os credores de forma rápida, evitando que essas perdas ocorram. 

Mas é preciso cuidado!

Antes de sair fazendo empréstimo por aí, recomendamos que você dê uma olhada nesse post aqui 😉 

Se decidir que o empréstimo faz sentido para o seu momento, PESQUISE bem as taxas de juros oferecidas por cada instituição. Aliás, se quiser uma mãozinha, confira as opções no site do nosso parceiro 😉 

Agora é hora de conhecer a DICA DE OURO! 

A regra dos 30%

E se dissermos que existe uma FÓRMULA MÁGICA para não cair em dívidas nunca mais? Pois é, ela existe: a regra dos 30%.

A regra é simples: todas as dívidas (isso envolve os custos com o cartão de crédito) não podem ultrapassar mais de 30% do seu rendimento bruto. 

Essa fórmula foi desenvolvida para evitar que as dívidas impactem os custos pessoais essenciais (moradia, segurança, alimentação, saúde, etc.) e é tão séria que existem leis que impedem instituições de descontar mais de 30% do salário de um indivíduo

E se você percebeu a semelhança dos 30% com a porção recomendada a ser destinada para os investimentos pessoais, não é coincidência. Isso porque, se você tiver dívidas, antes de começar a investir deverá quitá-las. A partir do momento que estiver sem nenhum débito, esses 30% passam a ser destinados aos seus investimentos 😉 

Para aplicar essa regra, recomendamos que você faça o seu planejamento orçamentário completo e tem um post inteirinho sobre isso aqui

Antes de ir, comenta aqui embaixo se o cartão e empréstimo são os #vilões ou #mocinhos da sua vida financeira! 
Até!

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