Olha quem vem chegando aí: o Guia Chega de Sufoco na PJ!
Com ele você vai aprender a planejar e executar a gestão financeira da sua empresa, descobrir se empresas podem investir (alerta de spoiler: podem e vamos te dar opções vantajosas) e programar uma estratégia fiscal para otimizar seus custos.
Muitas empresas subestimam o planejamento financeiro e o resultado disso não é bom. De acordo com uma pesquisa do IBGE, cerca de 80% das micro e pequenas empresas encerram atividades antes de completar 1 ano.
Então, já sabe: se você tem uma vida dupla (além de PF é também PJ), preparar as finanças da sua empresa é um dos segredos do sucesso.
Vamos mudar a estatística? Agora é hora da sua empresa voar!
Guia Chega de Sufoco na PJ
1. Nunca subestime a Gestão Financeira!
Já demos uma boa ideia do porquê você não pode deixar o planejamento financeiro de lado. Mas é claro que temos outros motivos!
A gestão financeira é um indicador da saúde da empresa e a principal rota para traçar o futuro dela, com base em seus objetivos.
Motivos para priorizar o seu planejamento financeiro agora mesmo:
– Com tudo traçado, é possível fazer mudanças de rota e levar sua empresa para caminhos mais lucrativos de forma ágil;
– O acompanhamento de despesas e receitas se torna mais assertivo (e com isso, aquelas dores de cabeça com imprevistos diminuem muito);
– É possível analisar melhor endividamentos;
– Quem também começa a ganhar mais corpo com a gestão financeira é o famoso Capital de Giro;
– Os recursos passam a ser otimizados, diminuindo custos e impulsionando lucros.
PF da PJ: como fazer o planejamento financeiro da sua empresa
Planejar as finanças empresariais pode até se parecer um pouco com a organização orçamentária familiar (lembra dela?): vamos mergulhar nos objetivos, fazer um raio-x e colocar nossa vida – quer dizer, a vida da sua empresa – na planilha!
# Primeiro passo: defina metas e objetivos
O que você quer para o seu negócio a curto, médio e longo prazo? Quer expandir? Abrir filial? Reduzir gastos fixos?
Definir objetivos vai ajudar a olhar para o Raio-X, lá na frente, e entender se está indo em direção a eles ou se será preciso rever custos, procurar investimentos ou mudar os planos de ação em andamento hoje.
Ah, mais uma vantagem, quando nos aprofundamos em nossos objetivos, conseguimos projetar o comportamento financeiro da empresa a longo prazo – quer melhor forma de planejar do que… ser planejado? 😉
# Segundo passo: olho no fluxo de caixa
Se na PF a organização financeira começa no extrato bancário, na PJ o Fluxo de Caixa é o foco do segundo passo.
Acompanhe o fluxo diariamente e registre todas as entradas e saídas de dinheiro. Com isso, entenderá o padrão de movimentações da sua empresa e fará melhores decisões para o seu negócio.
# Terceiro passo: vamos dar nome!
Para a empresa? Não! Para os seus custos!
Olha só, você observou o seu fluxo de caixa e sabe tudinho sobre as movimentações do negócio e, com isso em mãos, é hora de definir que tipos de custos estão nesse balaio:
- Custos fixos: o nome é autoexplicativo. São custos que você terá sempre e não estão atrelados ao seu lucro. Um exemplo é a folha de pagamento dos funcionários.
- Custos variáveis: aqui é o oposto, esses custos derivam de produção e distribuição. Por exemplo, matérias-primas, taxas de cartões, entre outros.
Quer ir além? Classifique também os seus ganhos de acordo com critérios que façam sentido para avaliar o andamento do seu negócio.
# Quarto passo: hora de colocar ordem na casa
Faça o controle das contas a pagar e contas a receber. Uma dica bacana é aproveitar que agora tem visibilidade do seu caixa e conciliar datas de pagamento aos fornecedores com o recebimento de suas vendas.
# Quinto passo: o famoso capital de giro
O que você faz no período entre o pagamento dos fornecedores e o recebimento pelas vendas?
O capital de giro é a ferramenta que permitirá que mantenha sua empresa sem endividamentos ou refém de juros neste período.
Para calcular é simples, basta multiplicar os dias do seu ciclo (o período entre os pagamentos e recebimentos) pelo custo médio diário.
E voilà: seu planejamento está pronto e agora é só colocar em prática! Lembre-se de tê-lo sempre em foco para decidir que planos de ação sua empresa irá adotar para conquistar seus objetivos.
2. Já pensou em investir como PJ?
Se nunca esteve em seus planos, pode ser hora de reconsiderar!
Em sua finalidade, há poucas diferenças: você aplica certa quantia de dinheiro em ativos diversificados e recebe rendimentos. O que muda é que esses rendimentos podem ser usados para facilitar a chegada aos objetivos da empresa.
Mas olha só, nem todos os investimentos disponíveis para a PF também podem ser usados pela PJ. Vamos falar um pouco sobre isso?

Onde investir como PJ?
Após abrir sua conta com o CNPJ em uma corretora de valores, alguns investimentos estarão disponíveis para a firrrrma. Confira:
# LCIs e LCAs
Letras de Crédito Imobiliário e Agropecuário funcionam, em resumo, da seguinte forma: o investidor “empresta” dinheiro para bancos financiarem projetos imobiliários ou agropecuários e recebem os rendimentos.
Existem diversas opções no mercado, mas uma coisa é importante ter em mente: ao contrário do que acontece na pessoa física, os investimentos em LCI e LCA para pessoas jurídicas não são isentos de imposto!
# CDBs
Aqui as regras não mudam entre PF e PJ. Esse tipo de investimento é interessante por ter rentabilidade diária e, em algumas opções, liquidez imediata.
Bom para deixar aquele dinheiro do caixa rendendo ou também para a reserva de emergência da empresa, não acha? 😉
# Ações e Fundos de Investimento
Para os dois investimentos não há isenção de IR, ok?
Mas ainda assim, são ativos interessantes para otimizar ganhos e diversificar o portfólio. Mas lembre-se que, por se tratar de Renda Variável, é importante redobrar os cuidados, já que envolvem mais riscos.
3. Planejamento tributário: o que você precisa saber sobre isso?
É no planejamento tributário da empresa que conseguimos colocar em prática estratégias lícitas que reduzem as cargas fiscais.
E, como você já deve saber, conforme o negócio cresce, os impostos também ficam maiores. Por isso esse planejamento pode fazer uma baita diferença!
Conheça dicas para fazer seu plano tributário:
# Adeque o regime tributário
Existem três tipos de regimes tributários em prática hoje no Brasil e entender qual deles é o correto para a sua empresa é essencial.
– Simples Nacional: disponível para micro e pequenas empresas, esse regime permite que todos os impostos sejam pagos em uma única guia.
– Lucro presumido: funciona assim, o imposto a ser pago será calculado a partir de uma estimativa de lucro. Esse valor é determinado conforme o segmento de atuação da empresa.
– Lucro real: os impostos serão calculados a partir do lucro efetivo da empresa e determinados a partir de demonstrativos financeiros que comprovam a quantidade de lucro gerado.
# Reduza o pró-labore
Pró-labore é o salário do(s) dono(s) da empresa.
Como existe cobrança de IR e contribuição previdenciária sob esse valor, é possível reduzi-lo e, para manter os seus ganhos de forma legalizada, aumentar a divisão de lucros – que não são taxados.
Consulte seu contador para entender se essa estratégia pode ser aplicada em seu negócio.
# Tem atividade que pode ser terceirizada?
Contratações no formato CLT geram impostos e, se elas não são essenciais, se tornam uma carga de despesas sem fundamento.
Considere terceirizar esses serviços 😉
# Já considerou participar de programas de benefícios sociais?
Talvez você já tenha escutado falar sobre isso e é verdade: o governo disponibiliza programas que oferecem incentivos fiscais a empresas que contribuam com eles.
Isso é muito vantajoso para a sua empresa, já que reduz ou isenta alguns impostos e contribui para a reputação de sua marca, além de colaborar para disseminação de cultura, esporte e educação para a sociedade.
É tudo de bom =)
Chegamos ao fim do nosso Guia, mas ainda queremos ouvir você: que dúvidas você tem sobre gestão empresarial? Comenta aqui embaixo 👇
Até a próxima!


